sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Obesidade: como enfrentá-la?

Do Diário Regional, por Jaqueline Dias

Levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram uma situação preocupante: em todas as regiões, faixas etárias e faixas de renda, houve aumento do percentual de pessoas com excesso de peso e obesas. O estudo indicou que o sobrepeso atinge mais de 30% das crianças entre cinco e nove anos de idade; cerca de 20% da população entre dez e 19 anos e 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. O programa Mesa de Debates (TVE-JF) convidou a endocrinologista Camila Maciel e o jornalista Marcos Lodi para comentar o que esses índices representam.

Para o Ministério da Saúde (MS), os resultados obtidos na pesquisa indicam um cenário de epidemia. Caso o atual ritmo de crescimento do número de pessoas acima do peso permaneça, em dez anos, elas serão 30% da população – padrão semelhante ao dos Estados Unidos, onde a obesidade se tornou problema de saúde pública. Com a elevação do índice de obesidade, o número de doenças crônicas também cresce.

Camila explicou que, nos casos de obesidade mórbida, por exemplo, o problema começa a se desenvolver ainda na infância. “Dois principais fatores vão desencadear o fato: o primeiro é a questão genética, a hereditariedade, responsável por 30% dos casos. Pais obesos têm maior chance de ter filhos nas mesmas condições. Em segundo lugar, o hábito familiar vai influenciar de maneira direita o desenvolvimento desse transtorno”.

Assista a um trecho do programa.


A endocrinologista relatou que quando se depara com esses casos, ela busca manter contato direto com os pais, de forma que eles também façam o controle. “Não adianta pedir que uma criança perca peso, se os pais também não adotam a mesma postura. A família precisa contribuir e é fundamental no bom andamento do tratamento. É necessária uma reorganização que envolve a modificação nos hábitos do cotidiano e na alimentação”.

O problema da obesidade está principalmente relacionado às enfermidades que surgem com o distúrbio, que pode desencadear doenças cardiovasculares. Em casos mais graves, a cirurgia bariátrica ou redução de estômago, como também é conhecida, é o procedimento mais indicado.

A especialista explicou que a intervenção é indicada levando em consideração o índice de massa corpórea do indivíduo. Esse número é calculado com base na altura e peso. “O cálculo pega a altura do paciente em metros e a multiplica por ela mesma. Após, o peso do paciente é dividido por esse resultado. Com o número, é possível classificar se o paciente está obeso ou com sobrepeso”.

Segundo Camila, se o número ficar de 25 a 30, o paciente tem sobrepeso; de 30 a 35, é chamado de obesidade grau 1; de 35 a 40, obesidade grau 2; e maior que 40, obesidade grau três ou mórbida. “Então, o paciente passa a ter indicação formal para a realização da cirurgia. Outro caso de indicação ocorre quando o resultado está entre 35 a 40, mas surgem comorbidades (patologias associadas à obesidade, como hipertensão arterial, diabetes, dores articulares). Nesse caso específico, também há indicação do procedimento”.

É nesse caso que o jornalista Marcos Lodi se encontrava em 2007, antes de se submeter a uma cirurgia de redução de estômago. Na época, ele pesava 254 quilos. “Minha vida mudou por completo e para melhor. Antigamente, eu enfrentava problemas de locomoção e de inserção no mercado de trabalho. Passei por situações difíceis, como esperar por quatro horas para embarcar em um coletivo urbano. Cheguei a ouvir vozes e enfrentar distúrbios psicológicos. Até que decidi que iria lutar por meus objetivos”.

Após uma longa batalha judicial, em que o pedido de redução foi negado por uma vez, ele conseguiu autorização para a realização da cirurgia. “Mas meus problemas não acabaram aí. Fiquei 50 dias internado porque a maca de transporte não me suportava. Então, ao invés de emagrecer, eu acabei engordando mais, devido à ociosidade”.

Camila explicou que obter autorização para realizar a cirurgia é um processo longo. Primeiro, o paciente passa por um endocrinologista, e uma equipe multidisciplinar. “Caso seja constatado que o paciente já tentou reduzir seu peso e não teve sucesso através de dietas, exercícios e ingestão de medicamentos, ele é orientado a buscar uma intervenção cirúrgica”.
  
Com o objetivo de auxiliar pessoas que também passaram por esse problema, Lodi criou um blog para dividir sua experiência, não só com pessoas que sofrem com a obesidade mórbida, mas também com indivíduos que têm algum tipo de distúrbio ou compulsão alimentar. 



Edson Stecca, Marcos Lodi, Camila Maciel, 
Marcelo Martins, Josane Aragão e Renato Lopes

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Forças de Pacificação no Rio de Janeiro

A 4a Brigada de Infantaria Motorizada (sediada em Juiz de Fora) está comandando as operações  da força de pacificação que atua nas favelas do Alemão e da Penha na cidade do Rio de Janeiro. Para o coronel, o desafio que os militares tem é de conquistar a comunidade e dar outros exemplos para as crianças. "Elas sempre tiveram como exemplos de vencedores as pessoas ligadas ao tráfico. Esta oportunidade que estamos tendo serve, também, para demonstrar a outra missão que o Exército Brasileiro possui (e que faz parte do nosso lema): Mão Amiga ['Braço Forte, Mão Amiga']".

A maioria dos homens que compõem a missão são de Juiz de Fora. A 4a Brigada de Infantaria Motorizada permanece na região até março. Durante o programa, o repórter fotográfico Angelo Savastano propôs ao coronel para que uma ação como esta fosse feita em Juiz de Fora. "Observando as devidas proporções, acho muito interessante, pois aproximaria nosso trabalho com a população", respondeu o coronel.







Edson Stecca, Angelo Savastano, Cel Malbatan Leal, 
Marcelo Martins, Josane Aragão e Francisco Canalli




Assista abaixo à reportagem feita pela equipe do Jornal da TVE:




quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Tupi, Campeão Brasileiro da Série D

O Tupi se sagrou no dia 22 de novembro o único time mineiro a ser campeão em nível nacional. Às vésperas de completar 100 anos (no dia 26/05/2012), o Galo Carijó vive tempo de festa. Juiz de Fora recebeu os heróis do acesso à Série C e do título no dia 21, com uma carreata à noite. No dia seguinte, um desfile em carro aberto em um trio elétrico e no carro do Corpo de Bombeiros incendiou a cidade. "Ficamos impressionados. Vi que a população de Juiz de Fora, realmente, reconheceu o Tupi. Espero que esse gesto se repita com a torcida indo ao estádio para apoiar a equipe", afirmou Ailton Alves, assessor de imprensa do Galo. Augusto, meio campo, e Michel, lateral esquerdo, também participaram do programa. "O jogador tem mais estímulo quando joga com casa cheia. Na primeira fase do campeonato, eu olhava pra arquibancada e pensava: 'Puxa vida, só há esse número de torcedores pra nos apoiar?' Nos jogos da fase final e, principalmente, no primeiro jogo da decisão que eu gostei de ver o estádio cheio", afirmou Michel.

Há a ideia de se criar o "Dia do Orgulho Carijó", em homenagem à manifestação intensa dos torcedores. "Depois de termos sido recebidos com uma calorosa recepção e de assistirmos a uma verdadeira festa, quem sabe esse dia poderia ser criado? Isto seria comemorado no dia 22 de novembro de cada ano, para relembrarmos a glória dessa conquista e a grande festa que os torcedores carijó fizeram em Juiz de Fora", revelou Ailton Alves.

Elenco para temporada 2012


Áureo Fortuna, presidente do Tupi, também participou da Mesa de Debates e afirmou que pretende renovar com 90% do elenco. "Estamos negociando pra manter a base da equipe. Já acertamos com Wesley Ladeira e Ademílson pra temporada que vem. Já o nome do novo técnico estamos estudando. O Ricardo Drubscky vai nos sugerir alguns nomes para que possamos entrar em contato." O presidente do clube explicou, também, que o novo treinador não terá nome de peso. "Queremos alguém que esteja com o espírito de estar em aprendizado, já que o nosso elenco é composto, na maioria, por jogadores novos."



Calar o Arrudão

Augusto e Michel relataram a sensação de jogar na casa do Santa Cruz lotada. "É, realmente, fantástico. Jogar contra uma equipe que conta com um apoio de 60 mil pessoas não é nada fácil", afirmou Augusto. "Também concordo com o Augusto. E quando vi aqueles 40 torcedores do Galo presentes na arquibancada, me deu uma sensação de ânimo e de felicidade. Felizmente, conquistamos o título."

"Após o primeiro gol do Tupi, alguns torcedores do Santa Cruz começaram a deixar o estádio. Saiu o segundo, mais torcedores saíram. Após o jogo, cerca de 3 mil torcedores permaneceram e assistiram a volta olímpica do Galo Carijó. Uma manifestação de muito respeito dos Corais com os Carijós", contou Ailton.

Taça será exposta

Áureo comentou que a taça da conquista da Série D será exposta aos juizforanos em alguns pontos da cidade. "Deveremos expô-la no calçadão e em pontos de alguns bairros de Juiz de Fora. Em breve, vamos divulgar isso."

Aílton acrescentou uma das ações previstas para comemorar o centenário no ano que vem. "Vamos realizar visitas guiadas de escolas da cidade à sede social do Tupi. Lá,os alunos vão poder conhecer a sala dos troféus e poderão ver este: o da Série D do Campeonato Brasileiro.



Augusto, Jane Aragão, Marcelo Martins, Áureo Fortuna, Michel e Ailton Alves. 
Entre o apresentador e o presidente do clube, a taça de campeão Brasileiro da Série D do Galo.

Fotos:
Elenco do Tupi: Tribuna de Minas (facebook)
Mesa de Debates

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Entrada do PSD na política

Com a fundação do Partido Social Democrático (PSD), o cenário político nacional passou por uma reconfiguração. De acordo com o cientista político Cristiano Santos, que esteve presente no programa Mesa de Debates (TVE-JF), com essa modificação, todas as esferas podem ser afetadas e há possibilidade de reflexos, inclusive, no âmbito municipal.   
“Nos últimos 15 anos, foi possível observar a disputa entre dois grandes partidos nacionais – o PT (Partido dos Trabalhadores) e PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) – e dois grandes partidos como aliados – o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e o DEM (Democratas). No entanto, ao ver a derrocada do DEM, uma nova configuração se estabelece e o PSD surge com uma grande capacidade de negociar com o Governo Federal”.
Segundo Santos, o discurso adotado pelo PSD, em que não foi definida uma posição, é muito cômodo. “Ele pode negociar com o Governo ou oposição. Porém, para um partido que já nasce com 54 parlamentares, é difícil se manter neutro”. Assim, cientista político acredita que essa situação é complicada e perigosa.
“Ele já nasce com uma representação parlamentar grande e coloca em xeque tudo o que representa os partidos. Todos os partidos devem estabelecer qual idéia vão defender. Eles têm que apontar, em seu estatuto, sua forma de atuação. Porém, essas ideologias são colocadas em prática?”, questionou-se.
Ao comentar esse ponto, Santos ponderou que talvez seja esse motivo que tenha levado o DEM a perder integrantes. “A falta de identidade política faz com que um partido não tenha ‘sobrevida’ se está na oposição”.
Para o cientista político, esse “redesenho” mostra não só a fragilidade do sistema político eleitoral e partidário brasileiro como, também, endossa o pensamento do eleitor em não acreditar nos partidos.
“Temos um sistema que privilegia a eleição por partidos, através da escolha dos cargos proporcionais, que se dá através do coeficiente eleitoral. Muitas vezes, o candidato não consegue ser eleito com o voto individual. Mas, com os cargos proporcionais, diversos políticos são beneficiados e isso ocorre mesmo que o cidadão vote individualmente”, esclareceu Santos.
Outro ponto que merece destaque com a criação do PSD está a questão da fidelidade partidária. “No Brasil, ela dura somente um ano e acho isso um absurdo. Acredito que devem existir quantos partidos a sociedade entender que são necessários. Porém, quantos vão representar efetivamente? Aí mora o problema. É preciso contar com regras detalhadas para que não se tenha, no Congresso, igualdade, em números, de partidos e candidatos”. 
Para solucionar esse impasse, o cientista político defende a necessidade de uma reforma política. “É vital repensar o modelo político e eleitoral brasileiro. Não dá para permanecer elegendo deputados e vereadores por partidos e eles, ao serem eleitos, não representarem as idéias e concepções dos partidos que eram coligados”.
Santos alega que não é preciso engessar o político em partido de forma definitiva. “O que nós devemos delimitar é o prazo para que essa mudança possa ser realizada. Um ano é um período muito pequeno. Se criássemos mecanismos de controle efetivo sobre esse tipo de mudança, aí o eleitor poderia se sentir contemplado”.


Orlando Lyra Carvalho Jr, Cristiano Santos, Marcelo Martins, 
Douglas Fasolato e Sérgio Condé participaram do debate

Eleições municipais

Na visão de Santos, Juiz de Fora conta, atualmente, com três candidatos com maior possibilidade de vitória nas eleições para a prefeitura, em 2012: o atual prefeito, Custódio Mattos (PSDB-MG); Margarida Salomão (PT-MG); e Bruno Siqueira (PMDB-MG). “Outros nomes têm sido levantados. Mas, na atual conjuntura, se houvesse um segundo turno, acredito que dois desses candidatos estariam presentes. É claro que falta um ano e diversas modificações podem ocorrer. O nosso modelo político favorece a questão da reeleição. Porém, tendo como base pesquisas previamente realizadas, Custódio Mattos teria dificuldades em se reeleger na cidade”, concluiu.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Peças do Museu Mariano Procópio estão expostas na Bélgica

     "Isso representa um grande passo e quebra fronteiras entre a arte brasileira e o mundo para que, assim, ganhe mais visibilidade, principalmente, Juiz de Fora". Para Douglas Fasolato, diretor da fundação Museu Mariano Procópio, é o que representa este grande momento para as obras de arte que compõem o acervo do Museu Mariano Procópio e que estão expostas em Bruxelas, capital da Bélgica, no Palácio Bozar, uma das sedes do  Festival Europalia. "Considero mais relevante do que o 'Ano do Brasil na França' e este evento não ganhou tanta visibilidade na mídia. Autoridades belgas e brasileiras, como a presidente Dilma Roussef e a ministra Ana de Hollanda estiveram na solenidade de abertura da exposição", completou Fasolato.
     Entre as obras que estão em exposição, está a tela "Tiradentes Supliciado", de Pedro Américo. "A pintura feita durante o século XIX traz um heroi nacional de uma forma totalmente diferente. A professora da UFJF Maraliz Christo fez uma tese - que venceu prêmio de teses da Capes em 2005 - sobre esta pintura (leia aqui). A comissão que veio da Bélgica escolher as obras teve bastante trabalho. Os integrantes desta escolheram, também, duas cianotipias (pequenas fotografias) onde estão o imperador Pedro II e a imperatriz Teresa Cristina numa paisagem 'natural'. Também integram a exposição fotografias de escravos do Rio de Janeiro e da Bahia".


Orlando Lyra Carvalho Jr, Cristiano Santos, Marcelo Martins,
 Douglas Fasolato e Sérgio Condé participaram do debate

Alfredo Ferreira Lage: visionário

     Perguntado sobre verbas para o Museu, Douglas lembrou do fundador: "Hoje não é fácil conseguir tantos recursos para o MAPRO. Isso não acontece só aqui. O Brasil precisa investir mais em cultura. Aliás, será que cultura traz voto? Museu não deve ser visto como gasto, mas sim, como investimento: gera empregos e mantém viva a memória de um local. Alfredo Ferreira Lage foi um visionário: quando doou seu acervo, não exigiu contrapartida alguma do município. Ele só exigiu que o museu ficasse aos cuidados de uma comissão, que hoje conhecemos como 'Amigos do Museu Mariano Procópio'. Sem ela, talvez o local não seria público e muitas decisões erradas poderiam ter sido tomadas por apenas uma pessoa. Portanto, é necessário que valorizemos cada vez o Museu Mariano Procópio, que - faço questão de enfatizar: não é de Juiz de Fora, mas está localizado em Juiz de Fora."

Douglas Fasolato também falou da programação infantil na semana da criança. Para saber mais, clique aqui.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Política de enfrentamento ao crack e outras drogas

O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) participou da Mesa de Debates e esclareceu alguns aspectos da política de enfrentamento ao crack e outras drogas. Ele começou desmistificando alguns aspectos do crack: "Essa droga necessita de uma legislação específica e de tratamento específico. Além de viciar em pouco tempo, crack não é barato e, por isso, tem um poder de destruição de famílias altíssimo. Por isso, uma comissão específica para combater a droga foi criada". 
Para ele, descriminalizar as drogas, como a maconha, não é a melhor maneira de enfrentar essa questão no país. "Ela possui vários aspectos: o antropológico, o social e o químico. É necessário que o país crie, primeiramente, uma estrutura de atendimento e de recuperação para usuários;criar uma  tipificar mais especificamente o que é o usuário e o que é o traficante e criar uma rede de inteligência, para pesquisar com mais detalhes os efeitos da droga e estudar as comunidades onde a droga está mais presente". 

Edson Stecca, Capitão Kátia Moraes (2o BPM), Marcelo Martins, 
Josane Aragão e deputado Reginaldo Lopes (PT-MG)

Viagem ao exterior

Lopes afirmou que irá para quatro países na semana que vem: Bolívia, Peru, Paraguai e Colômbia. "Criamos uma Comissão Parlamentar que vai negociar com parlamentares desses países para enfrentarmos as drogas. O Brasil não planta cocaína e a pasta base vem dessas localidades. Vamos estabelecer relações 'diplomáticas' para que eles criem políticas de enfrentamento às drogas e reforcem suas fronteiras, juntamente conosco, com a finalidade de impedir a entrada dessas substâncias químicas no país."

Comunidades terapêuticas

Ao falar sobre elas, o deputado enfatizou que o debate tem que acontecer, pois alguns motivos atravancam o atendimento e o financiamento do tratamento do dependente químico. "Algumas clínicas são contra o modelo atual de tratamento do dependente, após a reforma psiquiátrica. Além disso, outras são contra o uso da religião durante o tratamento. São aspectos que motivam o debate e que devemos manter vivo para conseguirmos melhorar a vida de muitas famílias brasileiras."
Sobre o "Cartão Aliança pela Vida", lançado pelo governo estadual na semana passada, Reginaldo Lopes elogiou a iniciativa, mas ponderou: "Não é a melhor maneira dese combater as drogas. Como é um projeto novo, procurei me informar e soube que 90% do dinheiro será repassado às clínicas e 10% custeará o transporte.  Acredito que, somente repassando recursos, seja às famílias ou seja às clínicas, não adiantará tanto. Temos que pensar em ações de curto e médio prazo, pois pessoas de todas as classes sociais estão sendo vítimas do crack", concluiu o deputado.



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Perda de Pessoas Amadas

Jaqueline Dias - Diário Regional - 22/09/11



    “Perda de Pessoas Amadas”. Esse é o título do livro lançado ontem no MHall, pelo terapeuta holístico Armando Falconi Filho. Em entrevista no programa Mesa de Debates (TVE-JF), Armando Filho comentou que a motivação para escrever o texto teve base em experiências pessoais. Ao todo, são dez capítulos: sete tratam de temas diversos e os três últimos abordam perguntas e respostas.   
    “Em maio de 2003, recebi um telefone relatando que um parente próximo havia falecido. Após três dias, perdi meu pai e ao final de 21 dias, minha mãe nos deixou. Assim, em apenas 24 dias, três pessoas muito queridas faleceram. Avalie que, se a perda de um ente altera o emocional de qualquer indivíduo, o que se dirá de três?”.
    Após essa experiência, seu mentor espiritual orientou que fosse criada uma reunião que abordasse o tema e ele estivesse presente nos encontros. “Já na primeira semana percebemos que a receptividade dos participantes era muito positiva. A reunião começou e foi bem sucedida. Contudo, após um ano, perdi minha primeira esposa”. 
   O terapeuta explicou que então descobriu que as reuniões não tinham somente como base auxiliar outras pessoas. O foco também estava em apoiá-lo naquele momento. “A doutrina espírita lida com a morte biológica de uma maneira diferente das demais religiões. Para nós, nada morre, tudo se transforma”. 
    Ao comentar o fato, Armando Filho destacou que as pessoas devem tratar a morte com respeito e que o sofrimento, durante um período, é saudável. “Freud dizia que o luto faz parte da história da humanidade. Mas, o luto na concepção do médico deveria durar no máximo quatro semanas. O que ultrapassar esse ‘prazo’ abre o caminho para comportamentos psíquicos inconvenientes. Um luto prolongado, ao invés de trazer benefícios, pode provocar prejuízos ao equilíbrio físico, emocional e psíquico”. 
   Assim, o terapeuta recomendou que as pessoas se lembrem de seus entes que já faleceram com respeito e com carinho, pois onde quer que eles estejam, as boas energias serão recebidas. “Sofra com ‘educação’ e o transforme o choro em utilidade. Quando tiver vontade de chorar, arrume sua casa ou varra o quintal. Dê ao choro uma ‘utilidade’. Se você optar por se afastar, certamente estará abrindo espaço para a depressão”. 
   Armando Filho relatou que esse é seu primeiro livro na área da religiosidade, mas que um novo trabalho, voltado para questão do perdão, já está em andamento. Toda a renda do evento de ontem foi revertida para a Fundação Espírita Allan Kardec (FEAK).


Márcio Borges, Jane Aragão, Marcelo Martins, 
Armando Falconi e José Lúcio Fernandes

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Carlos Melles defende eleição de um presidente mineiro

Jaqueline Dias - Diario Regional (26/08/11)



A Câmara Municipal de Juiz de Fora, através do vereador Noraldino Júnior (PSC-MG), entregou ao secretário estadual de Obras e Trânsito, Carlos Melles, o título de cidadão honorário. Em entrevista ao programa Mesa de Debates (TVE-JF), Melles revelou que ficou lisonjeado com homenagem e que a atual gestão é responsável por grande parte do desenvolvimento que está ocorrendo na região.
“Uma boa gestão é feita com base no comprometimento e na integridade de seus componentes e é isso que Minas Gerais está buscando”. Ele acredita que para que o estado dê continuidade às obras, é necessário que seja eleito um Presidente da região. “Minas precisa de R$ 200 a R$ 300 bilhões para resolver seus problemas de estrutura. O estado requer atenção”.
Ao abordar o assunto, Melles levantou a questão do Aeroporto Regional da Zona da Mata. “A INFRAERO (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) não quis pegar a administração do Aeroporto e o Governo se viu forçado a geri-lo. Agora, estou retomando contato com o Governo Federal para dar continuidade às obras da estrada de Juiz de Fora à Goianá. O projeto já está pronto e licitado e não tenho dúvidas de que a estrada irá sair. Nossa atuação tem sido efetiva”.
Em relação a outros projetos propostos, a questão da Copa do Mundo de Futebol ganha destaque. “Acredito que Minas Gerais tem grande capacidade de receber jogos e seleções. A meu ver, Juiz de Fora, por exemplo, está próxima do Rio de Janeiro e possui excelente rede hoteleira. O município poderia ser subsede, tal como Poços de Caldas e Araxá. Se depender da vontade dos representante e não de questões políticas, certamente o estado poderá ser beneficiado”.
Ao comentar as denúncias que envolvem o Ministério do Transporte (desde o início do mês, surgiram diversas acusações de corrupção que provocaram a renúncia de Alfredo Nascimento do comando da pasta e o afastamento de diretores e funcionários que também estariam envolvidos nas irregularidades), Melles ponderou que as questões afetam a administração, mas a administração de Minas Gerais está preparada para contornar a situação e dar sequência a projetos como ProAcesso e o Caminhos de Minas.
Mineiro da cidade de São Sebastião do Paraíso, Carlos Melles é engenheiro agrônomo e pesquisador. Líder do setor cooperativista e rural, sobretudo do café e do leite, teve o voto de confiança do povo mineiro, que o elegeu cinco mandatos consecutivos para Deputado Federal. Foi relator geral do Orçamento da União para 2000 e no mesmo ano aceitou o convite para assumir o Ministério do Esporte e Turismo. Carlos Melles presidiu ainda a Comissão Especial da Microempresa e a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, além de ter sido relator da Comissão Especial do Café da Câmara dos Deputados. Teve atuação decisiva para a criação do Bancoob (Banco Cooperativo do Brasil). Soma-se ainda a seu extenso currículo a presidência da CPI dos combustíveis em 2003 e a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, para o exercício do ano de 2004.

Premiação
Na noite desta quarta-feira, 24, o Secretário Estadual de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, recebeu Título de Cidadão Honorário, concedido pelo vereador Noraldino Junior (PSC). O secretário disse sentir-se honrado pelo reconhecimento de seu trabalho, e relembrou sua história como homem público, o início de suas atividades, como líder do setor cooperativista e rural, e sua amizade com o Prefeito Custódio Mattos, da época em que exerceram juntos o mandato de deputado federal. “Tudo o que faço por Minas, faço com o coração. Já foram muitas lutas, mas não descansamos quando temos certeza de que aquelas melhorias são mesmo necessárias para uma região. Estou muito feliz em estar recebendo esse reconhecimento nessa cidade tão querida que é Juiz de Fora”, disse o secretário.“Devemos reconhecer quem está sempre empenhado em trazer melhorias para nossa cidade e nossa população, por isso nosso homenageado é extremamente merecedor desse título na Câmara Municipal”, afirmou Noraldino Junior.
Durante a solenidade, o vereador contou um pouco da história de Carlos Melles, eleito por cinco mandatos consecutivos deputado federal. Foi Relator Geral do Orçamento da União para 2000 e Ministro do Esporte e Turismo, quando criou, por exemplo, o programa Esporte na Escola, para atender 36 milhões de crianças e construir 10 mil quadras em escolas públicas. Carlos Melles presidiu ainda a Comissão Especial da Microempresa, que votou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a maior lei de inclusão social do Brasil, e foi relator da Comissão Especial do Café da Câmara dos Deputados.
 Atualmente, o homenageado segue na Secretaria de Obras com projetos como o PROACESSO, que já concluiu 15,4 quilômetros de pavimentação na Região de Juiz de Fora, promovendo conexão viária com a rede principal nas localidades de Belmiro Braga, Santo Antônio do Aventureiro e Senador Côrtes.  Tais obras reuniram um investimento na ordem de R$ 12 milhões. Por meio do Programa Caminhos de Minas está prevista a pavimentação do trecho que liga o aeroporto de Goianá ao município de Juiz de Fora, num total de 25,2 km. O Governo do Estado também investiu cerca de R$70 milhões na execução de obras de infraestrutura do Aeroporto Regional da Zona da Mata, através do programa PROAERO.
Nas parcerias da PJF com o Governo do Estado, Carlos Melles, através da Secretaria de Obras destinou recursos para a realização de diversas melhorias para Juiz de Fora, como a drenagem da Avenida Independência, da Rua Olegário Maciel, de ruas no bairro Barbosa Lage e no bairro Araújo. Além disso, foi possível executar a pavimentação do Bairro Filgueiras, Santa Luzia, e de ruas nos bairros Grama, Previdenciários, Marilândia, Carlos Chagas e outras no centro da cidade, como a Avenida Rio Branco, Avenida Independência, Rua Santo Antônio, Olegário Maciel, Rua Barão de Cataguases, Gil Horta, entre outras. Foi possível também realizar obras de contenção de encostas em bairros como Linhares, Jardim Natal, Santo Antônio, Marumbi e Progresso. Juntam-se a essas melhorias as obras de duplicação da Avenida Deusdedith Salgado, com construção de galerias e serviços de restauração da antiga pista. A zona rural também foi contemplada, com a disponibilização de 12 mata-burros em estradas vicinais.
Ao final da solenidade, Noraldino Junior disse que o homenageado já poderia se sentir em casa em Juiz de Fora. “A partir de hoje, Carlos Melles passa a ser filho não só de São Sebastião do Paraíso, mas também dessa cidade, que o acolhe e que acredita na pessoa e no homem público que ele é: um político que traz Minas em seu coração e que está sempre empenhando esforços para levar melhores condições de vida para o povo mineiro”, enfatizou o vereador. 


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Norma 356 do CONTRAN é adiada

No dia 04 foi prorrogado prazo de adequação à resolução 356 do Conselho Nacional de Trânsito pelo Departamento Nacional de Trânsito. A norma, que estabelece requisitos mínimos de segurança para o transporte remunerado de cargas em motocicletas, entrou em vigor na terça-feira, 2, em todo o país. No entanto, dois dias depois, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) divulgou nota estendendo o prazo para adequação por mais 365 dias. Segundo dados da delegacia regional de trânsito, cerca de 6 mil motoboys trabalham na cidade. Entre as regras estabelecidas pela norma 356 do CONTRAN, adiada por um ano pelo DETRAN, estabelece que os motofretistas devem fazer um curso de capacitação oferecido pelo SEST/SENAT em Juiz de Fora.

Medo de sobrecarregar




Até a sexta-feira da semana passada 130 motoboys fizeram o curso de capacitação do SEST/SENAT. "O número é baixo e estamos preocupados com uma possível sobrecarga para alterar as habilitações e para fazer o curso", alertou a delegada responsável pela Circunscrição Regional de Trânsito, Cristiane Leitão. 










O diretor do SEST/SENAT, Washington Almeida também enfatizou este ponto de vista. "Nós construímos a pista para oferecer o curso, contratamos profissionais e a procura pelo curso caiu bastante. Semana passada as turmas estavam com o número máximo de alunos, que é de 30. Na segunda, dia 15, apenas 10 procuraram o curso do turno da manhã. Tememos que  a capacidade do SEST/SENAT seja questionada nos meses de junho e julho de 2012, véspera do vencimento do prazo para se adaptar à norma 356 e enfatizo, mais uma vez, que é importante os motoboys aproveitarem o momento e se capacitarem."







O presidente da Associação de Motoboys de Juiz de Fora, Antônio Carlos Lourenço, afirmou que o adiamento da resolução foi um tiro no pé da categoria. "Ninguém esperava esse adiamento e ele foi feito no pior mês do ano para os profissionais da categoria que trabalham em Juiz de Fora. Como ela é uma cidade de universitários e que são os resposnáveis por movimentar a economia da cidade, o movimento para os motoboys em julho é fraco, pois eles entram de férias. Por isso, a maioria dos motofretistas ficou sem condições de fazer o curso e as devidas alterações nas motos".

Facilidades

Antônio Carlos afirmou que fez parcerias com diversas lojas de equipamentos para facilitar o custo das adaptações em motos. Washington comentou  que vai parcelar o valor do curso oferecido pelo SEST/SENAT.




Sérgio Condé, Cristiane Leitão, Antônio Carlos Lourenço, Marcelo Martins,
 Josane Aragão, Washington Almeida e Jorge Lima.



Percepção

Num momento, Antônio Carlos comentou sobre algumas regularizações que prevê a resolução 356 e a delegada Cristiane Leitão o corrigiu. Os motoboys estão desinformados com as alterações previstas nessa norma. 

Fica a pergunta: quem é o responsável em orientá-los? SETTRA, SEST/SENAT, Delegacia de Trânsito? Ou as 3 juntas em parceria com a Associação dos Motoboys? Fica a sugestão.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Dia do advogado

Hoje é comemorado o dia do advogado e a Mesa de Debates convidou o presidente da OAB Juiz de Fora, Wagner Parrot, e a professora do curso de Direito do Instituto Metodista Granbery, Estefânia Rossignoli. Ela auxilia na organização da 8ª Semana Jurídica da instituição que vai até amanhã e no evento são realizados palestras e minicursos. "A atuação do advogado na contemporaneidade é o tema da Semana e o profissional, para ter sucesso no mercado, deve ser uma pessoa que interprete as leis e que busque o equilíbrio entre as decisões e as diferentes instâncias do Direito", explicou Rossignoli.
O processo eletrônico é outro aspecto que está alterando a atuação não só do advogado, mas de todos os profissionais da área jurídica. "Em países do exterior, como Alemanha, a pessoa é intimada a comparecer em um tribunal via email. Essas alterações estão sendo discutidas no Brasil. Mas, num país onde em algumas casas falta até vaso sanitário, fica difícil prever quando isso será realidade", ressaltou Parrot. "Além disso, outras questões têm que ser ressaltadas: o processo ficará disponível na internet para quem quiser acessar? Isso não seria perda de privacidade?", completou. 

Novo Fórum de Juiz de Fora

Hoje à noite acontece a Assembleia Geral dos advogados de Juiz de Fora. Em pauta, a construção do novo fórum da cidade. "É uma questão que está na mão de nossos políticos - deputados estaduais e federais. A proposta de construir o novo prédio no terreno ao lado do Carrefour foi entregue para Tribunal de Justiça de Minas Gerais - e muito bem recebido", explicou Parrot. O secretário de recursos humanos, Vítor Valverde, anunciou no programa do dia 22/07/11, que o novo fórum será construído onde hoje é o Terreirão do Samba, próximo à Justiça Federal. "Esta proposta é utópica, pois o Tribunal exige um terreno de 200 mil m² para que exista 400 vagas de estacionamento. Nós da OAB conseguimos negociar 10 vagas, isso mesmo, 10 vagas de estacionamento para termos onde parar quando nos deslocamos até lá. Em algumas ocasiões, é mais fácil e confortável nos deslocarmos de van até a Justiça Federal. Além disso, outras instâncias da Justiça já manifestaram o interesse de mudar para esse terreno, que comportaria tranquilamente. A Justiça em Juiz de Fora é uma vergonha, pois a estrutura física do fórum já não comporta mais tanta demanda. A Procuradoria do Município abriga 10 mil processos porque não cabe no fórum".
Estefânia completou: "Em um tempo em que acessibilidade está tão em voga, quem tem dificuldade de locomoção não tem acesso à Justiça no fórum, pois não há elevador depois do quarto andar. É realmente absurda a Justiça em Juiz de Fora".

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Brasil hoje e suas perspectivas

Tema de debate promovido pelo PT de Juiz de Fora e pela Fundação Perseu Abramo, o assunto foi discutido no programa com o presidente da fundação, Nilmário Miranda. Perguntado sobre a influência que dois grandes eventos esportivos (Copa do Mundo e Jogos Olímpicos) podem ter para o país, Miranda foi enfático: "É, temos essa crise, que pode atrapalhar porque, apesar do Brasil se destacar no cenário atual, a crise econômica está presente em países desenvolvidos. O que pode auxiliar o país a driblar a crise é a base econômica na qual o governo Lula construiu o mandato: alianças econômicas com o eixo Sul-Sul (África, China e América Latina); temos 350 bilhões de dólares na reserva do tesouro nacional; e o investimento no mercado interno, que foi fundamental para solidificar a economia".

Perguntado sobre o papel do BNDES na economia nacional, a ponto de apoiar fusões de grandes empresas globais - como Carrefour e Pão de Açúcar- Nilmário comemorou: "Pelo menos a fusão não foi efetuada. O BNDES investe em micro e pequenas empresas, sim. Mas, o que fica em evidência, sem dúvida, são essas transações. O governo Dilma dá continuidade ao de Lula no sentido de apoiar pequenas e micro-empresas. Entretanto, o Brasil necessita de ter grandes empresas no ranking das maiores do mundo para que ganhe repercussão no exterior, para atrair investimentos".

Educação

Nilmário comentou sobre o investimento na área de pesquisa que o ministro Aloísio Mercadante declarou recentemente (a de "importar cérebros" para desenvolver a pesquisa e a tecnologia no país). "É importante desenvolver essa política. A criação da USP (Universidade de São Paulo) no início do século XX foi criada com esse tipo de iniciativa. O Brasil necessita passar um momento de desenvolver e patentear a própria tecnologia, para que concorra não só com Estados Unidos e Japão, mas, também, com outros países em desenvolvimento, como Índia e China."

Comissão da Verdade

Miranda destacou a criação da Comissão da Verdade, que pretende levantar fatos que aconteceram durante a ditadura militar brasileira. "O Jobim (ex-ministro da defesa, Nelson Jobim) possui grande mérito nisso, pois foi ele quem negociou com os militares que eram contra a criação desta comissão. Ela possui uma grande responsabilidade, pois vai trazer à tona casos de morte, tortura, ocultação de cadáveres e crimes humanitários. É importante para levantarmos dados históricos e, claro, preservar nossa memória. Nossa dívida é grande com os afro-descendentes brasileiros porque os registros de escravos do século XIX foram queimados pelo governo da época, para evitar processos contra os negociadores de escravo e contra o próprio governo."




Edson Stecca, Toninho Dutra, Marcelo Martins, Nilmário Miranda e Sérgio Condé
 participaram da discussão durante o programa



Ciclo de Debates

Nilmário participa de um ciclo de debates às 19h na Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora. O endereço  é Rua Francisco Bernardino, 59, Centro. O evento é aberto ao público. Também participam das discussões  o ex-ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e o secretário geral do PT, Elói Pietá.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Transmissão da raiva

Uma doença causada por um vírus e caracterizada por sintomas nervosos não poderia deixar de receber um nome peculiar: raiva. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, desde 1998 a zona urbana de Juiz de Fora não apresenta nenhum caso de raiva em cães e gatos. "Um animal que é um grande transmissor da doença é o morcego hematófogo. Eles vivem em locais abandonados e úmidos e devem merecer atenção especial de agricultores e pecuaristas", afirmou Luciano Puga, veterinário do IMA (Insituto Mineiro de Agropecuária).

Puga explicou que há casos de sub-notificação de morte de animais. "A última pesquisa feita sobre esses dados foi em 1972 e mostrou que, a cada 1 animal com raiva, 6 são mortos". Para o veterinário, apesar das campanhas massivas feitas na zona urbana para vacinar cães e gatos, ações como esta deveriam ser incentivadas na zona rural. "O criador de animais deve entrar em contato com o IMA quando notar que há algo de diferente na criação.Mas, ocorre, por exemplo, de uma pessoa ligar pra gente para verificarmos a área, com o objetivo de realizar a pesquisa e encontrar morcegos. Em muitos casos o proprietário da terra não nos acompanha e isso atrapalha no nosso trabalho, já que,além de termos a possibilidade de perder na propriedade, pode atrasar nosso trabalho."

Existem 23 abrigos de morcegos na zona rural da cidade. "Detectamos um em Humaitá recentemente. O IMA realiza palestras para orientar as pessoas a prevenir dessa e de outras doenças", concluiu Puga.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

1ª Exposição de Arte Sacra de Juiz de Fora

"Nossa história é de fé, nossa Igreja tem arte.” É com esse lema que amanhã começa uma exposição sobre arte sacra, promovida pela Arquidiocese de Juiz de Fora. O arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, esclareceu que a iniciativa serve de base para criar um Museu de Arte Sacra na cidade. "A Comissão de Bens Culturais da arquidiocese é a responsável pela preservação do acervo. Foi dela que partiu a ideia de realizar a exposição. É um incentivo à pesquisa na área e, também para pensarmos em criar um museu na arquidiocese."

O Padre João Justino, reitor do seminário arquidiocesano, ressaltou que o acervo se difere das cidades históricas de Minas Gerais, como Ouro Preto e Mariana. "Além da quantidade de peças, as épocas são bem diferentes. Nosso acervo é de um período após o barroco. Além disso, como Juiz de Fora sofreu influência de várias culturas, notamos isso nas peças sacras de toda a extensão da arquidiocese". Prova disso é a imagem de São José das Três Ilhas. Nela, o santo usa botas e as vestes se parecem com a dos bandeirantes. A imagem está na capela do distrito de Belmiro Braga. 

Além do acervo exposto no salão térreo da Catedral Metropolitana, outros locais também fazem parte da exposição. "O Colégio Santa Catarina possui uma capela muito bonita e que também integra a programação e, no dia 14, haverá uma missa que contemplará a música sacra com músicos da Pró-Música", comentou Dom Gil.

Durante a reforma da catedral, Dom Gil contou que foi achado um piso antigo na sacristia. "Enquanto as equipes de restauração faziam o trabalho, nos avisaram e constatamos que era o piso antigo da sacristia. Vamos restaurá-lo e deixar da maneira como era antes". Outros detalhes da catedral, como a pintura interior da cúpula também será restaurada. "Quem tiver fotografias da época, estamos pedindo para que nos emprestem para que sejamos fiéis nessa restauração", afirmou o arcebispo.

Falta incentivo

O arcebispo também explicitou que falta mais incentivo à preservação do patrimônio no país. "Existem muitas leis de incentivo, mas é necessário que haja contatos políticos para obter incentivos e mais, falta gente com boa vontade para obter verba. Preservar patrimônio, ainda mais a arte sacra, custa caro. Mas em outros países, como na Europa e no Oriente Médio, esse assunto é tratado de outra maneira e o patrimônio é melhor preservado".




Jorge Aragão, Pe João Justino, Marcelo Martins, Dom Gil Antônio Moreira e Orlando Manera.


A exposição ficará aberta das 10 às 20h, de terça a domingo. Escolas poderão agendar visitas para os alunos. Outras informações no site da Arquidiocese de Juiz de Fora.








Ao lado, uma imagem de Santo Antônio, do início do século XIX, a primeira do padroeiro de Juiz de Fora a chegar à cidade (na época, Vila de Santo Antônio do Paraibuna) e que estará exposta.




Fiz uma reportagem sobre essa imagem. Assista aqui.

Na Mesa de Debates de hoje

 Falaremos sobre a I Exposição de Arte Sacra da Arquidiocese de Juiz de Fora e sobre o livro "Carência afetiva no Direito".

Às 11h, ao vivo, na TVE JF. Reprise às 17h35.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Novo projeto para BR 440

Com informações de Michelle Clara, repórter do Diário Regional.


             O arquiteto Mateus Esteves apresentou o Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Juiz de Fora sobre um novo projeto para a BR 440. O Comitê "Diga Não à BR-440", a Associação de Moradores Impactados pela Construção da rodovia (AMIC) e a ONG Prea (Programa de Educação Ambiental)  se reuniram no dia 25/07/11 para apresentar o projeto à população. "Isso necessita de divulgação e nós parabenizamos a TVE pela iniciativa de nos convidar", comemorou José Lopes Esteves, arquiteto que auxiliou no desenvolvimento do novo traçado para a via. 
            O projeto elaborado por Mateus prevê a criação de espaços públicos, ciclovias e praças, capazes de aproveitar o que já foi investido na região da Cidade Alta. Segundo o arquiteto Mateus Ramos Esteves, autor do projeto, o trabalho tem grande relevância para a comunidade. “Por ser simples, o investimento será bem menor do que dar continuidade ao que é proposto pelo projeto da BR-440. Encontramos soluções viáveis que resolvem os problemas antigos causados pelo regime natural do córrego de São Pedro, oferecem espaços mais agradáveis ao uso comum e ainda beneficiam a região, interligando a Cidade Alta a Zona Norte”, destacou. 


O arquiteto José Lopes Esteves afirmou que o trabalho poderá ser implementado em três etapas. “A primeira visa aproveitar o que já foi elaborado e assim criar alternativas para os possíveis danos sociais e econômicos gerados pelo projeto da BR-440. Com isso o trânsito central poderá ser desviado e reduzindo os engarrafamentos na região. A segunda etapa tem o objetivo de acabar com os problemas de drenagem do córrego de São Pedro. Serão criadas contenções e lagos artificiais que também poderão ser utilizados pela população para o lazer. A terceira e última etapa tem na preservação do entorno da represa seu foco principal. Ali serão criadas áreas públicas de cilclovias e pistas de rolamento que também deverão continuar ao longo de todo o planejamento,” explicou.


Mesmo com tantas mudanças, o arquiteto acredita que os gastos estarão dentro de um limite bem inferior ao porposto inicialmente. “Além de ser um projeto mais simples e funcional, a execução deverá acontecer em um prazo de aproximadamente 6 meses. Isso significa menos gastos e melhor aproveitamento,” finalizou.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   

Falta transparência                                                                                                                                 
José Lopes, que também integra o comitê, comentou que falta transparência no acesso às informações da construção da rodovia. "Quando exigimos documentação sobre a construção da rodovia, não temos acesso." O professor de engenharia ambiental da Universidade Federal de Juiz de Fora e integrante do comitê, César Barra Rocha, também afirmou que outras pessoas enfrentam dificuldades para acessar informações. "O professor Jorge Macedo solicitou uma documentação no ano passado. Até hoje não conseguiu uma folha disso".

Política no ar

Os convidados da Mesa de Debates elogiaram a atuação de vereadores de Câmara Municipal de Juiz de Fora que estão propondo audiências para discutir a obra com a população. "Figueirôa, Betão, Flávio Checker e Castellar tem demonstrado apoio para com isso. Lamento que o vereador Júlio Gasparete acuse que esse movimento contrário à BR 440 seja contra o desenvolvimento da cidade. Ora, a rodovia é de extrema importância para a cidade. Só queremos que esse desenvolvimento não prejudique vidas futuras e que seja sustentável", finalizou César.

José Lopes Esteves afirmou que o deputado federal Júllio Delgado tem acompanhado a divulgação desse projeto. "Um assessor o representou na reunião realizada na semana passada. Ele confirmou que o deputado vai apresentar o projeto à Câmara e aos órgãos competentes".




Jorge Aragão, José Lopes Esteves, Marcelo Martins, 
Josane Aragão, Mateus Esteves e César Barra Rocha.