segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Perda de Pessoas Amadas

Jaqueline Dias - Diário Regional - 22/09/11



    “Perda de Pessoas Amadas”. Esse é o título do livro lançado ontem no MHall, pelo terapeuta holístico Armando Falconi Filho. Em entrevista no programa Mesa de Debates (TVE-JF), Armando Filho comentou que a motivação para escrever o texto teve base em experiências pessoais. Ao todo, são dez capítulos: sete tratam de temas diversos e os três últimos abordam perguntas e respostas.   
    “Em maio de 2003, recebi um telefone relatando que um parente próximo havia falecido. Após três dias, perdi meu pai e ao final de 21 dias, minha mãe nos deixou. Assim, em apenas 24 dias, três pessoas muito queridas faleceram. Avalie que, se a perda de um ente altera o emocional de qualquer indivíduo, o que se dirá de três?”.
    Após essa experiência, seu mentor espiritual orientou que fosse criada uma reunião que abordasse o tema e ele estivesse presente nos encontros. “Já na primeira semana percebemos que a receptividade dos participantes era muito positiva. A reunião começou e foi bem sucedida. Contudo, após um ano, perdi minha primeira esposa”. 
   O terapeuta explicou que então descobriu que as reuniões não tinham somente como base auxiliar outras pessoas. O foco também estava em apoiá-lo naquele momento. “A doutrina espírita lida com a morte biológica de uma maneira diferente das demais religiões. Para nós, nada morre, tudo se transforma”. 
    Ao comentar o fato, Armando Filho destacou que as pessoas devem tratar a morte com respeito e que o sofrimento, durante um período, é saudável. “Freud dizia que o luto faz parte da história da humanidade. Mas, o luto na concepção do médico deveria durar no máximo quatro semanas. O que ultrapassar esse ‘prazo’ abre o caminho para comportamentos psíquicos inconvenientes. Um luto prolongado, ao invés de trazer benefícios, pode provocar prejuízos ao equilíbrio físico, emocional e psíquico”. 
   Assim, o terapeuta recomendou que as pessoas se lembrem de seus entes que já faleceram com respeito e com carinho, pois onde quer que eles estejam, as boas energias serão recebidas. “Sofra com ‘educação’ e o transforme o choro em utilidade. Quando tiver vontade de chorar, arrume sua casa ou varra o quintal. Dê ao choro uma ‘utilidade’. Se você optar por se afastar, certamente estará abrindo espaço para a depressão”. 
   Armando Filho relatou que esse é seu primeiro livro na área da religiosidade, mas que um novo trabalho, voltado para questão do perdão, já está em andamento. Toda a renda do evento de ontem foi revertida para a Fundação Espírita Allan Kardec (FEAK).


Márcio Borges, Jane Aragão, Marcelo Martins, 
Armando Falconi e José Lúcio Fernandes

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