segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Peças do Museu Mariano Procópio estão expostas na Bélgica

     "Isso representa um grande passo e quebra fronteiras entre a arte brasileira e o mundo para que, assim, ganhe mais visibilidade, principalmente, Juiz de Fora". Para Douglas Fasolato, diretor da fundação Museu Mariano Procópio, é o que representa este grande momento para as obras de arte que compõem o acervo do Museu Mariano Procópio e que estão expostas em Bruxelas, capital da Bélgica, no Palácio Bozar, uma das sedes do  Festival Europalia. "Considero mais relevante do que o 'Ano do Brasil na França' e este evento não ganhou tanta visibilidade na mídia. Autoridades belgas e brasileiras, como a presidente Dilma Roussef e a ministra Ana de Hollanda estiveram na solenidade de abertura da exposição", completou Fasolato.
     Entre as obras que estão em exposição, está a tela "Tiradentes Supliciado", de Pedro Américo. "A pintura feita durante o século XIX traz um heroi nacional de uma forma totalmente diferente. A professora da UFJF Maraliz Christo fez uma tese - que venceu prêmio de teses da Capes em 2005 - sobre esta pintura (leia aqui). A comissão que veio da Bélgica escolher as obras teve bastante trabalho. Os integrantes desta escolheram, também, duas cianotipias (pequenas fotografias) onde estão o imperador Pedro II e a imperatriz Teresa Cristina numa paisagem 'natural'. Também integram a exposição fotografias de escravos do Rio de Janeiro e da Bahia".


Orlando Lyra Carvalho Jr, Cristiano Santos, Marcelo Martins,
 Douglas Fasolato e Sérgio Condé participaram do debate

Alfredo Ferreira Lage: visionário

     Perguntado sobre verbas para o Museu, Douglas lembrou do fundador: "Hoje não é fácil conseguir tantos recursos para o MAPRO. Isso não acontece só aqui. O Brasil precisa investir mais em cultura. Aliás, será que cultura traz voto? Museu não deve ser visto como gasto, mas sim, como investimento: gera empregos e mantém viva a memória de um local. Alfredo Ferreira Lage foi um visionário: quando doou seu acervo, não exigiu contrapartida alguma do município. Ele só exigiu que o museu ficasse aos cuidados de uma comissão, que hoje conhecemos como 'Amigos do Museu Mariano Procópio'. Sem ela, talvez o local não seria público e muitas decisões erradas poderiam ter sido tomadas por apenas uma pessoa. Portanto, é necessário que valorizemos cada vez o Museu Mariano Procópio, que - faço questão de enfatizar: não é de Juiz de Fora, mas está localizado em Juiz de Fora."

Douglas Fasolato também falou da programação infantil na semana da criança. Para saber mais, clique aqui.

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