segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Carlos Melles defende eleição de um presidente mineiro

Jaqueline Dias - Diario Regional (26/08/11)



A Câmara Municipal de Juiz de Fora, através do vereador Noraldino Júnior (PSC-MG), entregou ao secretário estadual de Obras e Trânsito, Carlos Melles, o título de cidadão honorário. Em entrevista ao programa Mesa de Debates (TVE-JF), Melles revelou que ficou lisonjeado com homenagem e que a atual gestão é responsável por grande parte do desenvolvimento que está ocorrendo na região.
“Uma boa gestão é feita com base no comprometimento e na integridade de seus componentes e é isso que Minas Gerais está buscando”. Ele acredita que para que o estado dê continuidade às obras, é necessário que seja eleito um Presidente da região. “Minas precisa de R$ 200 a R$ 300 bilhões para resolver seus problemas de estrutura. O estado requer atenção”.
Ao abordar o assunto, Melles levantou a questão do Aeroporto Regional da Zona da Mata. “A INFRAERO (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) não quis pegar a administração do Aeroporto e o Governo se viu forçado a geri-lo. Agora, estou retomando contato com o Governo Federal para dar continuidade às obras da estrada de Juiz de Fora à Goianá. O projeto já está pronto e licitado e não tenho dúvidas de que a estrada irá sair. Nossa atuação tem sido efetiva”.
Em relação a outros projetos propostos, a questão da Copa do Mundo de Futebol ganha destaque. “Acredito que Minas Gerais tem grande capacidade de receber jogos e seleções. A meu ver, Juiz de Fora, por exemplo, está próxima do Rio de Janeiro e possui excelente rede hoteleira. O município poderia ser subsede, tal como Poços de Caldas e Araxá. Se depender da vontade dos representante e não de questões políticas, certamente o estado poderá ser beneficiado”.
Ao comentar as denúncias que envolvem o Ministério do Transporte (desde o início do mês, surgiram diversas acusações de corrupção que provocaram a renúncia de Alfredo Nascimento do comando da pasta e o afastamento de diretores e funcionários que também estariam envolvidos nas irregularidades), Melles ponderou que as questões afetam a administração, mas a administração de Minas Gerais está preparada para contornar a situação e dar sequência a projetos como ProAcesso e o Caminhos de Minas.
Mineiro da cidade de São Sebastião do Paraíso, Carlos Melles é engenheiro agrônomo e pesquisador. Líder do setor cooperativista e rural, sobretudo do café e do leite, teve o voto de confiança do povo mineiro, que o elegeu cinco mandatos consecutivos para Deputado Federal. Foi relator geral do Orçamento da União para 2000 e no mesmo ano aceitou o convite para assumir o Ministério do Esporte e Turismo. Carlos Melles presidiu ainda a Comissão Especial da Microempresa e a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, além de ter sido relator da Comissão Especial do Café da Câmara dos Deputados. Teve atuação decisiva para a criação do Bancoob (Banco Cooperativo do Brasil). Soma-se ainda a seu extenso currículo a presidência da CPI dos combustíveis em 2003 e a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, para o exercício do ano de 2004.

Premiação
Na noite desta quarta-feira, 24, o Secretário Estadual de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, recebeu Título de Cidadão Honorário, concedido pelo vereador Noraldino Junior (PSC). O secretário disse sentir-se honrado pelo reconhecimento de seu trabalho, e relembrou sua história como homem público, o início de suas atividades, como líder do setor cooperativista e rural, e sua amizade com o Prefeito Custódio Mattos, da época em que exerceram juntos o mandato de deputado federal. “Tudo o que faço por Minas, faço com o coração. Já foram muitas lutas, mas não descansamos quando temos certeza de que aquelas melhorias são mesmo necessárias para uma região. Estou muito feliz em estar recebendo esse reconhecimento nessa cidade tão querida que é Juiz de Fora”, disse o secretário.“Devemos reconhecer quem está sempre empenhado em trazer melhorias para nossa cidade e nossa população, por isso nosso homenageado é extremamente merecedor desse título na Câmara Municipal”, afirmou Noraldino Junior.
Durante a solenidade, o vereador contou um pouco da história de Carlos Melles, eleito por cinco mandatos consecutivos deputado federal. Foi Relator Geral do Orçamento da União para 2000 e Ministro do Esporte e Turismo, quando criou, por exemplo, o programa Esporte na Escola, para atender 36 milhões de crianças e construir 10 mil quadras em escolas públicas. Carlos Melles presidiu ainda a Comissão Especial da Microempresa, que votou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a maior lei de inclusão social do Brasil, e foi relator da Comissão Especial do Café da Câmara dos Deputados.
 Atualmente, o homenageado segue na Secretaria de Obras com projetos como o PROACESSO, que já concluiu 15,4 quilômetros de pavimentação na Região de Juiz de Fora, promovendo conexão viária com a rede principal nas localidades de Belmiro Braga, Santo Antônio do Aventureiro e Senador Côrtes.  Tais obras reuniram um investimento na ordem de R$ 12 milhões. Por meio do Programa Caminhos de Minas está prevista a pavimentação do trecho que liga o aeroporto de Goianá ao município de Juiz de Fora, num total de 25,2 km. O Governo do Estado também investiu cerca de R$70 milhões na execução de obras de infraestrutura do Aeroporto Regional da Zona da Mata, através do programa PROAERO.
Nas parcerias da PJF com o Governo do Estado, Carlos Melles, através da Secretaria de Obras destinou recursos para a realização de diversas melhorias para Juiz de Fora, como a drenagem da Avenida Independência, da Rua Olegário Maciel, de ruas no bairro Barbosa Lage e no bairro Araújo. Além disso, foi possível executar a pavimentação do Bairro Filgueiras, Santa Luzia, e de ruas nos bairros Grama, Previdenciários, Marilândia, Carlos Chagas e outras no centro da cidade, como a Avenida Rio Branco, Avenida Independência, Rua Santo Antônio, Olegário Maciel, Rua Barão de Cataguases, Gil Horta, entre outras. Foi possível também realizar obras de contenção de encostas em bairros como Linhares, Jardim Natal, Santo Antônio, Marumbi e Progresso. Juntam-se a essas melhorias as obras de duplicação da Avenida Deusdedith Salgado, com construção de galerias e serviços de restauração da antiga pista. A zona rural também foi contemplada, com a disponibilização de 12 mata-burros em estradas vicinais.
Ao final da solenidade, Noraldino Junior disse que o homenageado já poderia se sentir em casa em Juiz de Fora. “A partir de hoje, Carlos Melles passa a ser filho não só de São Sebastião do Paraíso, mas também dessa cidade, que o acolhe e que acredita na pessoa e no homem público que ele é: um político que traz Minas em seu coração e que está sempre empenhando esforços para levar melhores condições de vida para o povo mineiro”, enfatizou o vereador. 


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Norma 356 do CONTRAN é adiada

No dia 04 foi prorrogado prazo de adequação à resolução 356 do Conselho Nacional de Trânsito pelo Departamento Nacional de Trânsito. A norma, que estabelece requisitos mínimos de segurança para o transporte remunerado de cargas em motocicletas, entrou em vigor na terça-feira, 2, em todo o país. No entanto, dois dias depois, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) divulgou nota estendendo o prazo para adequação por mais 365 dias. Segundo dados da delegacia regional de trânsito, cerca de 6 mil motoboys trabalham na cidade. Entre as regras estabelecidas pela norma 356 do CONTRAN, adiada por um ano pelo DETRAN, estabelece que os motofretistas devem fazer um curso de capacitação oferecido pelo SEST/SENAT em Juiz de Fora.

Medo de sobrecarregar




Até a sexta-feira da semana passada 130 motoboys fizeram o curso de capacitação do SEST/SENAT. "O número é baixo e estamos preocupados com uma possível sobrecarga para alterar as habilitações e para fazer o curso", alertou a delegada responsável pela Circunscrição Regional de Trânsito, Cristiane Leitão. 










O diretor do SEST/SENAT, Washington Almeida também enfatizou este ponto de vista. "Nós construímos a pista para oferecer o curso, contratamos profissionais e a procura pelo curso caiu bastante. Semana passada as turmas estavam com o número máximo de alunos, que é de 30. Na segunda, dia 15, apenas 10 procuraram o curso do turno da manhã. Tememos que  a capacidade do SEST/SENAT seja questionada nos meses de junho e julho de 2012, véspera do vencimento do prazo para se adaptar à norma 356 e enfatizo, mais uma vez, que é importante os motoboys aproveitarem o momento e se capacitarem."







O presidente da Associação de Motoboys de Juiz de Fora, Antônio Carlos Lourenço, afirmou que o adiamento da resolução foi um tiro no pé da categoria. "Ninguém esperava esse adiamento e ele foi feito no pior mês do ano para os profissionais da categoria que trabalham em Juiz de Fora. Como ela é uma cidade de universitários e que são os resposnáveis por movimentar a economia da cidade, o movimento para os motoboys em julho é fraco, pois eles entram de férias. Por isso, a maioria dos motofretistas ficou sem condições de fazer o curso e as devidas alterações nas motos".

Facilidades

Antônio Carlos afirmou que fez parcerias com diversas lojas de equipamentos para facilitar o custo das adaptações em motos. Washington comentou  que vai parcelar o valor do curso oferecido pelo SEST/SENAT.




Sérgio Condé, Cristiane Leitão, Antônio Carlos Lourenço, Marcelo Martins,
 Josane Aragão, Washington Almeida e Jorge Lima.



Percepção

Num momento, Antônio Carlos comentou sobre algumas regularizações que prevê a resolução 356 e a delegada Cristiane Leitão o corrigiu. Os motoboys estão desinformados com as alterações previstas nessa norma. 

Fica a pergunta: quem é o responsável em orientá-los? SETTRA, SEST/SENAT, Delegacia de Trânsito? Ou as 3 juntas em parceria com a Associação dos Motoboys? Fica a sugestão.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Dia do advogado

Hoje é comemorado o dia do advogado e a Mesa de Debates convidou o presidente da OAB Juiz de Fora, Wagner Parrot, e a professora do curso de Direito do Instituto Metodista Granbery, Estefânia Rossignoli. Ela auxilia na organização da 8ª Semana Jurídica da instituição que vai até amanhã e no evento são realizados palestras e minicursos. "A atuação do advogado na contemporaneidade é o tema da Semana e o profissional, para ter sucesso no mercado, deve ser uma pessoa que interprete as leis e que busque o equilíbrio entre as decisões e as diferentes instâncias do Direito", explicou Rossignoli.
O processo eletrônico é outro aspecto que está alterando a atuação não só do advogado, mas de todos os profissionais da área jurídica. "Em países do exterior, como Alemanha, a pessoa é intimada a comparecer em um tribunal via email. Essas alterações estão sendo discutidas no Brasil. Mas, num país onde em algumas casas falta até vaso sanitário, fica difícil prever quando isso será realidade", ressaltou Parrot. "Além disso, outras questões têm que ser ressaltadas: o processo ficará disponível na internet para quem quiser acessar? Isso não seria perda de privacidade?", completou. 

Novo Fórum de Juiz de Fora

Hoje à noite acontece a Assembleia Geral dos advogados de Juiz de Fora. Em pauta, a construção do novo fórum da cidade. "É uma questão que está na mão de nossos políticos - deputados estaduais e federais. A proposta de construir o novo prédio no terreno ao lado do Carrefour foi entregue para Tribunal de Justiça de Minas Gerais - e muito bem recebido", explicou Parrot. O secretário de recursos humanos, Vítor Valverde, anunciou no programa do dia 22/07/11, que o novo fórum será construído onde hoje é o Terreirão do Samba, próximo à Justiça Federal. "Esta proposta é utópica, pois o Tribunal exige um terreno de 200 mil m² para que exista 400 vagas de estacionamento. Nós da OAB conseguimos negociar 10 vagas, isso mesmo, 10 vagas de estacionamento para termos onde parar quando nos deslocamos até lá. Em algumas ocasiões, é mais fácil e confortável nos deslocarmos de van até a Justiça Federal. Além disso, outras instâncias da Justiça já manifestaram o interesse de mudar para esse terreno, que comportaria tranquilamente. A Justiça em Juiz de Fora é uma vergonha, pois a estrutura física do fórum já não comporta mais tanta demanda. A Procuradoria do Município abriga 10 mil processos porque não cabe no fórum".
Estefânia completou: "Em um tempo em que acessibilidade está tão em voga, quem tem dificuldade de locomoção não tem acesso à Justiça no fórum, pois não há elevador depois do quarto andar. É realmente absurda a Justiça em Juiz de Fora".

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Brasil hoje e suas perspectivas

Tema de debate promovido pelo PT de Juiz de Fora e pela Fundação Perseu Abramo, o assunto foi discutido no programa com o presidente da fundação, Nilmário Miranda. Perguntado sobre a influência que dois grandes eventos esportivos (Copa do Mundo e Jogos Olímpicos) podem ter para o país, Miranda foi enfático: "É, temos essa crise, que pode atrapalhar porque, apesar do Brasil se destacar no cenário atual, a crise econômica está presente em países desenvolvidos. O que pode auxiliar o país a driblar a crise é a base econômica na qual o governo Lula construiu o mandato: alianças econômicas com o eixo Sul-Sul (África, China e América Latina); temos 350 bilhões de dólares na reserva do tesouro nacional; e o investimento no mercado interno, que foi fundamental para solidificar a economia".

Perguntado sobre o papel do BNDES na economia nacional, a ponto de apoiar fusões de grandes empresas globais - como Carrefour e Pão de Açúcar- Nilmário comemorou: "Pelo menos a fusão não foi efetuada. O BNDES investe em micro e pequenas empresas, sim. Mas, o que fica em evidência, sem dúvida, são essas transações. O governo Dilma dá continuidade ao de Lula no sentido de apoiar pequenas e micro-empresas. Entretanto, o Brasil necessita de ter grandes empresas no ranking das maiores do mundo para que ganhe repercussão no exterior, para atrair investimentos".

Educação

Nilmário comentou sobre o investimento na área de pesquisa que o ministro Aloísio Mercadante declarou recentemente (a de "importar cérebros" para desenvolver a pesquisa e a tecnologia no país). "É importante desenvolver essa política. A criação da USP (Universidade de São Paulo) no início do século XX foi criada com esse tipo de iniciativa. O Brasil necessita passar um momento de desenvolver e patentear a própria tecnologia, para que concorra não só com Estados Unidos e Japão, mas, também, com outros países em desenvolvimento, como Índia e China."

Comissão da Verdade

Miranda destacou a criação da Comissão da Verdade, que pretende levantar fatos que aconteceram durante a ditadura militar brasileira. "O Jobim (ex-ministro da defesa, Nelson Jobim) possui grande mérito nisso, pois foi ele quem negociou com os militares que eram contra a criação desta comissão. Ela possui uma grande responsabilidade, pois vai trazer à tona casos de morte, tortura, ocultação de cadáveres e crimes humanitários. É importante para levantarmos dados históricos e, claro, preservar nossa memória. Nossa dívida é grande com os afro-descendentes brasileiros porque os registros de escravos do século XIX foram queimados pelo governo da época, para evitar processos contra os negociadores de escravo e contra o próprio governo."




Edson Stecca, Toninho Dutra, Marcelo Martins, Nilmário Miranda e Sérgio Condé
 participaram da discussão durante o programa



Ciclo de Debates

Nilmário participa de um ciclo de debates às 19h na Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora. O endereço  é Rua Francisco Bernardino, 59, Centro. O evento é aberto ao público. Também participam das discussões  o ex-ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e o secretário geral do PT, Elói Pietá.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Transmissão da raiva

Uma doença causada por um vírus e caracterizada por sintomas nervosos não poderia deixar de receber um nome peculiar: raiva. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, desde 1998 a zona urbana de Juiz de Fora não apresenta nenhum caso de raiva em cães e gatos. "Um animal que é um grande transmissor da doença é o morcego hematófogo. Eles vivem em locais abandonados e úmidos e devem merecer atenção especial de agricultores e pecuaristas", afirmou Luciano Puga, veterinário do IMA (Insituto Mineiro de Agropecuária).

Puga explicou que há casos de sub-notificação de morte de animais. "A última pesquisa feita sobre esses dados foi em 1972 e mostrou que, a cada 1 animal com raiva, 6 são mortos". Para o veterinário, apesar das campanhas massivas feitas na zona urbana para vacinar cães e gatos, ações como esta deveriam ser incentivadas na zona rural. "O criador de animais deve entrar em contato com o IMA quando notar que há algo de diferente na criação.Mas, ocorre, por exemplo, de uma pessoa ligar pra gente para verificarmos a área, com o objetivo de realizar a pesquisa e encontrar morcegos. Em muitos casos o proprietário da terra não nos acompanha e isso atrapalha no nosso trabalho, já que,além de termos a possibilidade de perder na propriedade, pode atrasar nosso trabalho."

Existem 23 abrigos de morcegos na zona rural da cidade. "Detectamos um em Humaitá recentemente. O IMA realiza palestras para orientar as pessoas a prevenir dessa e de outras doenças", concluiu Puga.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

1ª Exposição de Arte Sacra de Juiz de Fora

"Nossa história é de fé, nossa Igreja tem arte.” É com esse lema que amanhã começa uma exposição sobre arte sacra, promovida pela Arquidiocese de Juiz de Fora. O arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, esclareceu que a iniciativa serve de base para criar um Museu de Arte Sacra na cidade. "A Comissão de Bens Culturais da arquidiocese é a responsável pela preservação do acervo. Foi dela que partiu a ideia de realizar a exposição. É um incentivo à pesquisa na área e, também para pensarmos em criar um museu na arquidiocese."

O Padre João Justino, reitor do seminário arquidiocesano, ressaltou que o acervo se difere das cidades históricas de Minas Gerais, como Ouro Preto e Mariana. "Além da quantidade de peças, as épocas são bem diferentes. Nosso acervo é de um período após o barroco. Além disso, como Juiz de Fora sofreu influência de várias culturas, notamos isso nas peças sacras de toda a extensão da arquidiocese". Prova disso é a imagem de São José das Três Ilhas. Nela, o santo usa botas e as vestes se parecem com a dos bandeirantes. A imagem está na capela do distrito de Belmiro Braga. 

Além do acervo exposto no salão térreo da Catedral Metropolitana, outros locais também fazem parte da exposição. "O Colégio Santa Catarina possui uma capela muito bonita e que também integra a programação e, no dia 14, haverá uma missa que contemplará a música sacra com músicos da Pró-Música", comentou Dom Gil.

Durante a reforma da catedral, Dom Gil contou que foi achado um piso antigo na sacristia. "Enquanto as equipes de restauração faziam o trabalho, nos avisaram e constatamos que era o piso antigo da sacristia. Vamos restaurá-lo e deixar da maneira como era antes". Outros detalhes da catedral, como a pintura interior da cúpula também será restaurada. "Quem tiver fotografias da época, estamos pedindo para que nos emprestem para que sejamos fiéis nessa restauração", afirmou o arcebispo.

Falta incentivo

O arcebispo também explicitou que falta mais incentivo à preservação do patrimônio no país. "Existem muitas leis de incentivo, mas é necessário que haja contatos políticos para obter incentivos e mais, falta gente com boa vontade para obter verba. Preservar patrimônio, ainda mais a arte sacra, custa caro. Mas em outros países, como na Europa e no Oriente Médio, esse assunto é tratado de outra maneira e o patrimônio é melhor preservado".




Jorge Aragão, Pe João Justino, Marcelo Martins, Dom Gil Antônio Moreira e Orlando Manera.


A exposição ficará aberta das 10 às 20h, de terça a domingo. Escolas poderão agendar visitas para os alunos. Outras informações no site da Arquidiocese de Juiz de Fora.








Ao lado, uma imagem de Santo Antônio, do início do século XIX, a primeira do padroeiro de Juiz de Fora a chegar à cidade (na época, Vila de Santo Antônio do Paraibuna) e que estará exposta.




Fiz uma reportagem sobre essa imagem. Assista aqui.

Na Mesa de Debates de hoje

 Falaremos sobre a I Exposição de Arte Sacra da Arquidiocese de Juiz de Fora e sobre o livro "Carência afetiva no Direito".

Às 11h, ao vivo, na TVE JF. Reprise às 17h35.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Novo projeto para BR 440

Com informações de Michelle Clara, repórter do Diário Regional.


             O arquiteto Mateus Esteves apresentou o Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Juiz de Fora sobre um novo projeto para a BR 440. O Comitê "Diga Não à BR-440", a Associação de Moradores Impactados pela Construção da rodovia (AMIC) e a ONG Prea (Programa de Educação Ambiental)  se reuniram no dia 25/07/11 para apresentar o projeto à população. "Isso necessita de divulgação e nós parabenizamos a TVE pela iniciativa de nos convidar", comemorou José Lopes Esteves, arquiteto que auxiliou no desenvolvimento do novo traçado para a via. 
            O projeto elaborado por Mateus prevê a criação de espaços públicos, ciclovias e praças, capazes de aproveitar o que já foi investido na região da Cidade Alta. Segundo o arquiteto Mateus Ramos Esteves, autor do projeto, o trabalho tem grande relevância para a comunidade. “Por ser simples, o investimento será bem menor do que dar continuidade ao que é proposto pelo projeto da BR-440. Encontramos soluções viáveis que resolvem os problemas antigos causados pelo regime natural do córrego de São Pedro, oferecem espaços mais agradáveis ao uso comum e ainda beneficiam a região, interligando a Cidade Alta a Zona Norte”, destacou. 


O arquiteto José Lopes Esteves afirmou que o trabalho poderá ser implementado em três etapas. “A primeira visa aproveitar o que já foi elaborado e assim criar alternativas para os possíveis danos sociais e econômicos gerados pelo projeto da BR-440. Com isso o trânsito central poderá ser desviado e reduzindo os engarrafamentos na região. A segunda etapa tem o objetivo de acabar com os problemas de drenagem do córrego de São Pedro. Serão criadas contenções e lagos artificiais que também poderão ser utilizados pela população para o lazer. A terceira e última etapa tem na preservação do entorno da represa seu foco principal. Ali serão criadas áreas públicas de cilclovias e pistas de rolamento que também deverão continuar ao longo de todo o planejamento,” explicou.


Mesmo com tantas mudanças, o arquiteto acredita que os gastos estarão dentro de um limite bem inferior ao porposto inicialmente. “Além de ser um projeto mais simples e funcional, a execução deverá acontecer em um prazo de aproximadamente 6 meses. Isso significa menos gastos e melhor aproveitamento,” finalizou.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   

Falta transparência                                                                                                                                 
José Lopes, que também integra o comitê, comentou que falta transparência no acesso às informações da construção da rodovia. "Quando exigimos documentação sobre a construção da rodovia, não temos acesso." O professor de engenharia ambiental da Universidade Federal de Juiz de Fora e integrante do comitê, César Barra Rocha, também afirmou que outras pessoas enfrentam dificuldades para acessar informações. "O professor Jorge Macedo solicitou uma documentação no ano passado. Até hoje não conseguiu uma folha disso".

Política no ar

Os convidados da Mesa de Debates elogiaram a atuação de vereadores de Câmara Municipal de Juiz de Fora que estão propondo audiências para discutir a obra com a população. "Figueirôa, Betão, Flávio Checker e Castellar tem demonstrado apoio para com isso. Lamento que o vereador Júlio Gasparete acuse que esse movimento contrário à BR 440 seja contra o desenvolvimento da cidade. Ora, a rodovia é de extrema importância para a cidade. Só queremos que esse desenvolvimento não prejudique vidas futuras e que seja sustentável", finalizou César.

José Lopes Esteves afirmou que o deputado federal Júllio Delgado tem acompanhado a divulgação desse projeto. "Um assessor o representou na reunião realizada na semana passada. Ele confirmou que o deputado vai apresentar o projeto à Câmara e aos órgãos competentes".




Jorge Aragão, José Lopes Esteves, Marcelo Martins, 
Josane Aragão, Mateus Esteves e César Barra Rocha.