quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Política de enfrentamento ao crack e outras drogas

O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) participou da Mesa de Debates e esclareceu alguns aspectos da política de enfrentamento ao crack e outras drogas. Ele começou desmistificando alguns aspectos do crack: "Essa droga necessita de uma legislação específica e de tratamento específico. Além de viciar em pouco tempo, crack não é barato e, por isso, tem um poder de destruição de famílias altíssimo. Por isso, uma comissão específica para combater a droga foi criada". 
Para ele, descriminalizar as drogas, como a maconha, não é a melhor maneira de enfrentar essa questão no país. "Ela possui vários aspectos: o antropológico, o social e o químico. É necessário que o país crie, primeiramente, uma estrutura de atendimento e de recuperação para usuários;criar uma  tipificar mais especificamente o que é o usuário e o que é o traficante e criar uma rede de inteligência, para pesquisar com mais detalhes os efeitos da droga e estudar as comunidades onde a droga está mais presente". 

Edson Stecca, Capitão Kátia Moraes (2o BPM), Marcelo Martins, 
Josane Aragão e deputado Reginaldo Lopes (PT-MG)

Viagem ao exterior

Lopes afirmou que irá para quatro países na semana que vem: Bolívia, Peru, Paraguai e Colômbia. "Criamos uma Comissão Parlamentar que vai negociar com parlamentares desses países para enfrentarmos as drogas. O Brasil não planta cocaína e a pasta base vem dessas localidades. Vamos estabelecer relações 'diplomáticas' para que eles criem políticas de enfrentamento às drogas e reforcem suas fronteiras, juntamente conosco, com a finalidade de impedir a entrada dessas substâncias químicas no país."

Comunidades terapêuticas

Ao falar sobre elas, o deputado enfatizou que o debate tem que acontecer, pois alguns motivos atravancam o atendimento e o financiamento do tratamento do dependente químico. "Algumas clínicas são contra o modelo atual de tratamento do dependente, após a reforma psiquiátrica. Além disso, outras são contra o uso da religião durante o tratamento. São aspectos que motivam o debate e que devemos manter vivo para conseguirmos melhorar a vida de muitas famílias brasileiras."
Sobre o "Cartão Aliança pela Vida", lançado pelo governo estadual na semana passada, Reginaldo Lopes elogiou a iniciativa, mas ponderou: "Não é a melhor maneira dese combater as drogas. Como é um projeto novo, procurei me informar e soube que 90% do dinheiro será repassado às clínicas e 10% custeará o transporte.  Acredito que, somente repassando recursos, seja às famílias ou seja às clínicas, não adiantará tanto. Temos que pensar em ações de curto e médio prazo, pois pessoas de todas as classes sociais estão sendo vítimas do crack", concluiu o deputado.



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