terça-feira, 29 de março de 2011

Mesa de Debates - 23/03/11

Casos de dengue diminuem em Juiz de Fora

A Secretaria Municipal de Saúde divulgou no início da semana o balanço da dengue em Juiz de Fora. Com relação ao ano passado, os dados não são tão alarmantes, mas ainda é preciso muita ação do poder público. O sub-secretário de vigilância em saúde, Ivander Mattos, afirmou que a prefeitura vai continuar os trabalhos e espera a colaboração da comunidade. "Não vamos mais realizar as Batalhas Regionais da dengue, mas continuaremos a atuar e conscientizar a população para que a doença não se torne uma epidemia no município."

No dia 11, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou um balanço da dengue, confirmando 121 casos na cidade. Na segunda, quando  saiu o último balanço,  o número subiu para 258 casos confirmados de dengue e 80 notificações aguardam confirmação ou descarte. Os bairros de maior contaminação são Jóquei Clube, Marumbi, Furtado de Menezes, Progresso, Vila Ozanan, Poço Rico, Nossa Senhora Aparecida, Manoel Honório e Vila Ideal. 

Roberto DaMatta participa da Mesa de Debates

O antropólogo recebeu o título de cidadão honorário no dia 22/03, título concedido pelo vereador Castellar (PT). "A gente faz amigos através dos livros. Fico muito honrado com esta homenagem, que considero um batismo", afirmou DaMatta. Ele participou da Mesa de Debates e fez algumas considerações sobre a propaganda da dengue mostrada pelos canais de TV de Juiz de Fora. Elas mostram depoimentos de pessoas que perderam familiares por causa da doença. "É uma excelente estratégia e não acho que isso seja exclusivo do brasileiro. O imperador Constantino não converteu ao Catolicismo para agradar à Igreja?," indagou. "Eu já tive malária e só quem sofreu uma doença tão grave sabe como é a situação. E a tarefa de acabar com a dengue é, sim, um dos desafios da nossa democracia e pelo que vejo, da democracia juizforana".

O antropólogo comentou que, mesmo o Brasil sendo governado por uma mulher, os desafios não aumentam. "Só acho que deveria ser diferente algumas políticas. Ao invés de investir na população pagando uma contribuição mensal, eu investiria em escolas primárias e secundárias e reformaria o ensino universitário no país. Hoje, sei de médicos que não sabem fazer um relatório. Nos Estados Unidos, os alunos não estudam só as disciplinas específicas do curso, mas têm um amplo acesso ao conhecimento, pois aprendem sobre outras disciplinas, seja da área de humanas, exatas ou biológicas".

A produção e apresentação do programa é do jornalista Marcelo Martins.


O jornalista Marcelo Martins (4o da esquerda para direita) e o antropólogo Roberto DaMatta.

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